segunda-feira, 24 de março de 2008

Epopeia: A Casa-de-Banho

Há sempre aquela frase, "ah isso é normal quando se viaja... é o relógio biológico e tal... devias beber um iogurte bifidus activo...".

E quanto a isso eu digo: "paneleirices, é o que é".

A verdade é que não foi fácil. A única coisa que o meu organismo expulsou nos primeiros dois ou três dias foi o leite estragado (leite batut ou uma cena assim) mas foi num vómito repentino.
Durante a viagem para Sófia o intestino pareceu querer colaborar, mas como já sabem, quando me aproximei da casa de banho do comboio... FÓNIX!!!!!

De maneiras que o tempo foi passando sem novidades. O meu intistino parecia não conseguir triunfar até que no final do primeiro dia em Sófia (e se calhar com um empurrão da comidinha daquele restaurante búlgaro do canhão):

TRIUNFO

Digamos que não foi bem um triunfo, mas um triunfozinho em mau estado... assim como arco do triunfo de Bucareste em obras.
Na verdade, senti-me uma pessoa sem moral: a primeira vez foi numa casa-de-banho de um bar...

Já em Veliko Turnovo, fomos criteriosos na escolha do local para jantar. Os critérios foram os seguintes por ordem decrescente de importância:
1 - rápido que está a chover cumó catano;
2 - aparência de ter uma boa casa-de-banho;
3 - existência de talher;
4 - boa comida;
5 - preço reduzido (já sabíamos que, mais cêntimo menos cêntimo, seria barato, por isso demos pouca importância a este critério).

Para perceberem a importância que demos ao factor casa-de-banho, temos que dizer que todas as casas-de-banho públicas eram pagas. As poucas alternativas eram os restaurantes.
A acrescer a tudo isto, dentro de pouco tempo teríamos mais uma viagem de várias horas de comboio seguida de ainda outra viagem de... várias horas de comboio. Nenhum de nós queria considerar a hipótese de usar a casa-de-banho do comboio (ver posts anteriores).
Decidimo-nos por um restaurante com um aspecto bastante fino. Os donos eram um bocado incultos: não sabiam o nome de todas as capitais europeias. Mas estava Lisboa... por nós tudo bem.
Assim, após nos termos refastelado com boa comida, boa cerveja e mau molho de soja escrito em português, decidi ir finalmente experimentar os aposentos sanitários.
A empregada de mesa feia não percebeu a palavra "toilete", nem "bathroom", nem "w.c.", nem "a casa-de-banho, c#$%&@£!!!!". De maneiras que teve de ser a emprega gira a indicar-nos uma porta.
Quando cruzei a porta, parecia que estava num estúdio de TV e acabava de passar para outro cenário. Dei comigo numa espécie de corredor duma escola primária. E quando cheguei à casa de banho o que é que aconteceu?
Estava uma senhora a cobrar 0.20 lev para usar a poltrona de porcelana. Ou pelo menos era isto que eu pensava quando fiz o seguinte raciocínio: "bolas... mais vale pagar 10 cêntimos para obrar numa sanita asseada do que de borla na sanita do comboio".
Assim fiz: paguei. E... não é que a sanita não estivesse asseada... mas simplesmente não havia sanita. Apenas um daqueles buracos onde alguém mais sensível ainda pensou "eh pah, cagar de pé tudo bem, mas sem uma destas marcas para por os pés é que não...".

Fiz o que tinha a fazer, voltei para a mesa e avisei o Rui que não valia a pena ir à casa-de-banho. Até porque eu tinha gasto o papel todo e duvido que por o.20 lev a senhora lhe desse um rolo de papel higiénico.
Que fixe termos optado por um restaurante fino...

P. S. - Senti-me emocionalmente mal. Posso dizer que por pouco não paguei pela minha primeira vez...

1 comentário:

Anónimo disse...

seu idiota ..mostras so imagens de merda .. a verdade e que estas cheio de inveja o palahaço pois tu e que vives num pais de merda ..porque nao admites que a romenia e um pais bonito ..nao passas de um grande palhaço apesar de seres pequeno de altura .. va a m..da