segunda-feira, 24 de março de 2008

A sra. viagem.

"Thou shall not pirilampate the woman of the next" L. Dérmio

O plano é: arranquemos de Sofia pela manha, vamos para Veliko Turnovo, visitamos, depois autocarro para Gorna Oriahovitsa e depois comboio para Ruse, Bucareste e Brasov. Parece simples e realmente é.

Apanhemos o autocarro da pousada para a estação de autocarros. Como trazemos as malas obrigam-nos a comprar dois bilhetes extra por causa das malas. Está bem, está. Lá se vão mais 40 cêntimos a cada um.
Vamos para a estação dos expressos. Sim, espectacular. Sofia tem uma estação de expressos. E passa boa música. Dire Straits, Madonna (Isla Bonita). Existem uma boa quantidade de guichets, de cada companhia de transporte e é preciso adivinhar qual é o guichet que vai para onde se quer ir. Um guichet ao lado e vais parar ao quinto dos infernos, que diz que é perto da fronteira com a Moldávia.



Põem-nos uma etiqueta na mala que dá uma falsa sensação de confiança que és tu que ficas com a tua mala no fim da viagem e não o amigo do lado.

A viagem é agradavelzinha e até chegamos onde queremos, a Veliko Turnovo. Deixamos as malas na "estação" dos expressos, numa dispensa (Hmmm... Será que cá vão estar quando voltarmos?). O turista faz coisas que o comum mortal nunca faria. O dia está a correr lindamente. A cidade tem restaurantes e até tem um posto de turismo. O primeiro que encontramos nesta odisseia. As tipas... não! ... As badamecas que nos atendem são extremamente simpáticas e até dá vontade de lá voltar. Com um tractor carregado de bosta. Mas, em vez disso, compramos lá postais. Ao olhar para os postais, apercebemo-nos que uma das atracções turísticas é um cruzamento com alguns viadutos. É fenomenal. Vale a pena ir lá ver a obra. Seguimos. Compramos selos. A mulherzinha dos correios não nos deixa comprar selos sem serem de correio prioritário. Quero ir à casinha numa espécie de terreno de uma casa abandonada, mas sou interrompido por senhor muito simpático e falador. Não parece incomodá-lo o facto de não percebermos nada do que diz, e a conversa alonga-se até deseducadamente deixarmos o senhor a falar sozinho. Se calhar estávamos na sua casa e nem nos apercebemos. Aqui ficam as nossas desculpas.
Veliko Turnovo era a capital da Bulgária antes de Sofia. Para além disso, tem o tal cruzamento com viadutos, o posto de turismo e uma fortaleza que estava fechada quando lá chegámos e que, como tal, não chegámos a visitar. No entanto, tem um mini-mercado que vende aguardente e uma loja que vende porta-chaves.
Só falta jantar e ir embora. Escolhemos o melhor restaurante da cidade. Tem pendurados os símbolos de grande parte das capitais europeias, incluindo Lisboa, mas não Sofia. Arrotamos três eurios e meio cada um. O João tem uma história gira para contar sobre este restaurante, que envolve a casa de banho, mas merce um post dedicado, e, por isso, vou deixar ser ele a contar, já que foi ele que a viveu ao vivo, a cores, e de pé.


Diz que é molho de soja forte.

Perguntamos onde se apanha o autocarro para Gorna Oriahovitsa a umas transeuntes locais. São mulheres e dizem que temos de caminhar meia hora no sentido X daquela rua até à paragem do autocarro e que o autocarro vai no mesmo sentido X. Acabamos de tirar a foto com as locais e passa o autocarro mesmo mesmo mesmo à nossa frente no sentido -X. Fiquei com a ideia que elas queriam que nós lá passassemos a noite.




Nesta foto o João ficou com os olhos um pouco arregalados, não porque elas fossem bem boas e ele estivesse a pensar "Comia-as todas", mas sim porque rapidamente se aproximava de nós um lobisomem com sarampo, e eu quando era pequeno não cheguei a ter sarampo.

Como podem ver, os posts em portugues são muito ligeiramente mais sarcásticos e sacanas do que os em inglês. Poder-se-á alegar que é a própria língua do Fernando e do Luís que se propicia a isso. Mas não. É mesmo falta de educação. É que mandei às amigas búlgaras o endereço do blog. Que pessoa tão ruim.

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